30 de maio de 2011

A gravidez psicológica

Olá pessoal, a Lola anda muito triste, por isso resolvi postar eu mesmo. Mas essa tristeza vem de onde?

 Bom, como já citei aqui e isso é uma caracteristica dos Shih Tzus, a Lola é muito apegada com algumas pessoas onde moramos, no caso e em primeiro lugar, a mãe dela, é um grude ai em segundo, acho que dividimos a colocação eu e o avô dela, o pai da Sabrina. Ele fica praticamente todo o tempo em que não estamos em casa com a Lola e sabe aquelas crianças com cachorrinho novo em casa, que não param de brincar nunca? Pois é, ele é assim, só que com quase 60 anos de idade, que bom, tanto para ele quanto para a Lola. Bom, ainda não sei se esse é o motivo, até por quê a visita ao veterinário será só na próxima semana, mas me passou pela cabeça ser uma gravidez psicológica, não tenho certeza e até acredito que não, mas resolvi de qualquer forma publicar um artigo sobre o caso. Vejamos...

*texto retirado do site: www.comportamentocanino.vet.br

A gravidez psicológica ou pseudociese, é uma condição relativamente comum nas cadelas. Para o seu entendimento, é importante compreender o ciclo reprodutivo dos cães.

Nas fêmeas, o ciclo reprodutivo ou ciclo estral, é uma sequência de alterações ovarianas, uterinas, vaginais e comportamentais para garantir a produção e fertilização dos gametas femininos (óvulos) e o desenvolvimento do concepto. A maioria das fêmeas não-grávidas apresenta um ciclo estral contínuo, iniciando na puberdade do animal, geralmente entre 6 e 10 meses de idade, podendo ocorrer a partir dos 4 meses até os 2 anos de idade. Fêmeas de raças pequenas tendem a iniciar o ciclo mais cedo do que as fêmeas de raças maiores. São considerados anormais todos os casos em que não são exibidos sinais óbvios de estro até os 24 meses de idade.
O ciclo estral dura, em média, 7 meses, e é divido em 4 fases:

  • Proestro: evidenciado pelo avermelhamento e aumento da vulva, seguidos do apareceimento de descarga serosanguinolenta da mesma, o que marca o primeiro dia desta fase. Alterações comportamentais podem ser observadas, como urinar para demarcar território, inquietação e desobediência, tendência para ficar vagando e aumento da atratividade para os machos, mas sem receptividade para acasalar. Em média, esta fase dura 9 dias, com variação entre 0 e 17 dias;
  • Estro: nesta fase, são liberados ferormônios, que são detectados pelo órgão olfatório do macho, a fim de demonstrar status social. Juntamente com alterações comportamentais, os ferormônios aumentam a atratividade e estimulam a atividade sexual no macho. Ainda, pode ter efeitos sobre outras fêmeas, sincronizando o ciclo das demais, efeito este observado principalmente nos canis. É nesta fase que ocorre a ovulação e, nos casos onde houve acasalamento, pode ocorrer a fertilização. Em média, o estro dura 9 dias, podendo variar entre 3 e 21 dias;
  • Metaestro ou diestro: é a fase após o estro a qual ocorre a gestação, nos casos onde houve acasalamento e fertilização dos óvulos. Alterações hormonais nesta fase tanto nas fêmeas prenhes quanto nas fêmeas não-prenhes realizam o desenvolvimento das glândulas mamárias e lactação. Esta fase dura aproximadamente 60 dias;
  • Anestro: é a fase entre o parto e o proestro, quando ocorre a lactação. Nos casos em que não houve gestação, é o intervalo em que não há atividade reprodutiva. Portanto, não há alterações físicas e comportamentais específicas. Em média, esta fase dura 4,5 meses.

A pseudociese é uma condição que, provavelmente, tem origem nas matilhas de cães selvagens, nas quais as fêmeas dominantes sincronizavam seus ciclos com as demais fêmeas, que seriam incubidas de criar os filhotes. Ocorre devido a um excessivo aumento na concentração hormonal de prolactina ou aumento da resposta a este hormônio, pode ainda ser induzido nas fêmeas castradas quando estavam no metaestro. Normalmente ocorre entre 6 e 14 semanas após o estro, apresentando como sinais o desenvolvimento da glândula mamária com ou sem producao láctea, construção de ninho, fixação por objetos, agressividade ou comportamento letárgico e uma descarga leitosa da vulva.
A maioria dos sinais desaparece sem tratamento, mas dependendo de cada caso, pode ser indicado um tratamento medicamentoso ou mesmo cirúrgico. Durante a condição, é importante impedir que a fêmea lamba as glândulas, pois o ato de lamber estimula a produção e liberação de mais hormônio.

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